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Bonga

Bonga, nome artístico de José Adelino Barceló de Carvalho, é uma das maiores referências da música angolana e da lusofonia. Ex-atleta de alta competição e voz da resistência anticolonial, lançou em 1972 o marcante Angola 72, que o catapultou para o reconhecimento internacional. Nele se encontra o emblemático tema “Mona Ki Ngi Xico”, uma canção de exílio, dor e esperança.


Com mais de 40 álbuns editados, centenas de temas originais e uma carreira que ultrapassa cinco décadas, tornou-se símbolo do semba e da música de intervenção africana. A sua voz inconfundível e carisma em palco fazem dele uma figura incontornável da cultura angolana e da música do mundo.

Cesária Évora Orchestra

Cesária Évora Orchestra — um projeto formado por membros da banda original da cantora, determinados a manter viva a memória e o reportório da artista. A estreia aconteceu em 2014, no Festival Gamboa, na cidade da Praia, e desde então a Orquestra tem sido presença regular nos palcos internacionais, com concertos que são tanto celebração como evocação contando com talentos reconhecidos como Lura, Nancy Vieira, Lucibela, Elida Almeida ou Teófilo Chantre entre vários outros talentos internacionalmente reconhecidos. Mais do que um tributo, a Cesária Évora afirma-se como uma extensão do legado da cantora.


 Com uma formação que cruza gerações e geografias, continua a revisitar, com respeito e frescura, os temas que tornaram Cesária numa das grandes embaixadoras da lusofonia — de “Sodade” a “Petit Pays” — mantendo viva uma herança que transcende fronteiras e resistirá ao tempo.

Ceuzany

À voz excepcional, Ceuzany acrescenta a magia dos grandes artistas. Quando as luzes do palco se acendem, permanece igual a si própria - uma força da natureza. Ceuzany é o "mar azul" de Cabo Verde, o vento indomável de São Vicente e a liberdade das noites do Mindelo. Tudo nela é Cabo Verde, de forma singular e autêntica.


Em palco, Ceuzany é o vulcão que não deixa ninguém indiferente. Autêntica como só ela, contagia multidões. Reconhecida pela voz poderosa e pela emoção que imprime à música tradicional do arquipélago, viaja com naturalidade entre as canções tradicionais e as sonoridades mais modernas. No início de carreira, ganhou destaque como cantora dos "Cordas do Sol", emblemático grupo da Ilha de Santo Antão. Desde  lá, tem colaborado com diversos artistas, entre os quais a estrela francesa Christophe Mae com quem fez uma digressão por França. Ceuzany é uma das grandes vozes da nova geração da música cabo-verdiana.


Integra atualmente, com a naturalidade que lhe é característica, o projeto Cesária Évora Orchestra.

Elida Almeida

Após receber o premio RFI Découvertes em 2015, ao primeiro disco, Elida Almeida, deu início a um percurso que a levou a numerosos palcos com concertos e tournées internacionais. Solidificou uma carreira marcada pela fusão dos ritmos tradicionais cabo-verdianos, como o batuque, com influências contemporâneas, criando um estilo único.


Em concerto mantém o selo orgânico, permitindo que as suas composições ganhem asas e estabeleçam um diálogo profundo com o publico.  É essa liberdade criativa que, graças à autenticidade de sua música e à energia contagiante que transmite em palco, geram o ambiente em que a música é, não só ouvida, mas vivida em comunhão com o público.

Emilio Moret

Emilio Moret é cantor, compositor, tersero e percussionista cubano nascido em Encrucijada, província de Villa Clara. É um sonero Veterano com mais de cinco décadas de carreira, reconhecido tanto em Cuba como internacionalmente, especialmente por integrar o Septeto Habanero durante 22 anos e contribuir com composições relevantes. Agora em Lisboa, continua a inovar ao cruzar fado e morna, mantendo-se como uma figura viva da música cubana.


A sua voz quente e o timbre característico conferem-lhe a autenticidade como sonero. 


Já após os 70 anos, lançou o seu primeiro disco a solo, intitulado "Por la Felicidad", em Maio de 2023 pela editora Lusafrica. O álbum reúne influências do son cubano, tendo o tema que dá nome ao disco, fado e morna, com as colaborações de artistas representativos como Fábia Rebordão (Portugal) e Lucibela (Cabo Verde).

Fábio Ramos

Fábio Ramos, natural da ilha de São Nicolau e atualmente radicado em Mindelo, São Vicente, começou a sua carreira no rap, mas rapidamente mergulhou nas sonoridades tradicionais de Cabo Verde, como a morna, coladeira e batuque, trazendo-lhes uma abordagem contemporânea.


Após vários anos como marinheiro, experiência que inspirou grande parte das suas composições, lançou em 2024 o seu primeiro álbum, Um Cálice D’Nha Terra, pela editora LusÁfrica. A sua música cruza nostalgia, identidade e emoção, afirmando-o como uma das vozes promissoras da nova geração da música cabo-verdiana.

Ferro Gaita

Desde a sua formação, os Ferro Gaita têm desempenhado um papel essencial na preservação e projeção do funaná, um dos géneros mais emblemáticos da tradição musical cabo-verdiana.


Nascido da fusão entre o ferro (instrumento de percussão metálico) e a gaita (acordeão diatónico), o funaná é símbolo da resistência cultural e da identidade das ilhas, e foi precisamente desses dois instrumentos que surgiu o nome da banda.


Assumindo-se como embaixadores do funaná, os Ferro Gaita conseguiram transformar um estilo outrora marginalizado num fenómeno popular dentro e fora do arquipélago. A sua sonoridade combina autenticidade e modernidade, preservando o ritmo intenso e dançante do funaná, mas com arranjos que dialogam com outras linguagens musicais contemporâneas.

Fidjus Codé di Dona

Emílio Letício Ferreira Vaz, Adelino Ferreira Vaz e António Ferreira Vaz, são os elementos que compõem o grupo “Fidjus Codé de Dona” naturais da ilha de Santiago, residentes em são Francisco e na cidade da Praia. Letício e Adelino, conhecidos por Tixo e Da, iniciaram o projeto juntando-se mais tarde António, conhecido por Tio, que residia na ilha do Sal e que com os irmãos criaram um novo formato.


Herdaram do pai, o legitimo nome artístico de “Codé di Dona” o trovador que deixou forte marca na cultura cabo-verdiana, quer pela sua denominação como pela intrínseca paixão que sempre o manteve ligado à musica tradicional cabo-verdiana.


O grupo “Fidjus Codé de Dona” é integrado pelos filhos mais novos de Codé di Dona, que pretendem dar seguimento ao que seu pai mais gostava de fazer, compor e tocar. Assim, após um período de muita aprendizagem e dedicação criaram o mais novo estilo de funaná, designado “Cotxi Pó”, género que se tornou febril em Cabo Verde e em vários países da diáspora cabo-verdiana.


Integraram cartazes de importantes festivais em Cabo Verde , como Gamboa, Ilha do Maio, Santo Antão, Boa Vista, Sal, Festival Nhô Santo Amaro, Areia Grande , entre muitos outros. Em 2025 atuaram no Festival Músicas do Mundo em Sines.

Freirianas Guerreiras

O grupo de mulheres cabo-verdianas Freirianas Guerreiras, conduzido por Ana Mileida, celebra o poder feminino do batuku, a tradição ancestral do seu país que une dança, canto e percussão. É ao ritmo da txabeta que transformam o som em linguagem, que dão voz ao corpo e regeneram a arte em liberdade.


São mulheres comprometidas com a resistência, a educação libertadora e a valorização das tradições populares. O nome “Freirianas” já evoca pedagogia crítica defendendo a emancipação através do diálogo, da consciência e da ação transformadora e porque ensinam ou transmitem pela liberdade. Guerreiras pela afirmação da sua força. Porque a tradição que buscam perpetuar é a da educação como prática de liberdade, a da sabedoria feminina que nasce do quotidiano, das lutas da ancestralidade. É essa tradição que une o popular e o político, o feminino e o coletivo, o afeto às lembranças que as memórias guardam. 


O trabalho do grupo celebra a memória de união das mulheres, o ritmo de batuques ancestrais e a força transformadora da educação popular, reafirmando que o saber também se aprende e se compartilha em movimento, entre passos, batidas e vozes que ecoam liberdade. 

Indira

Vê a música como um todo, preferindo encará-la em toda a sua plenitude. Defende gostar de viajar por entre vários universos musicais, porém sempre ancorada à música negra. Vê-se num ambiente soul com o mesmo à-vontade do embalar de uma morna.


Atribui ainda valores maiores à música, como aliada para estar mais próximo de causas como a emancipação da mulher, num mundo onde cada vez mais, tem um papel preponderante.

Ama a liberdade, o amor e os caminhos que levem à valorização pessoal e artística.


A notável força enquanto performer, aliada à paixão pela música e a uma ambição firme de quer transformar projetos em certezas, fazem crer que estejamos perante alguém que corresponderá as expectativas que tantos já nela depositam

Jenifer Solidade

Jenifer Solidade revelou desde cedo uma paixão profunda pela música. Iniciou-se no grupo “Improviso”, dando voz a diversos géneros cabo-verdianos, e aos 18 anos iniciou a sua carreira profissional, atuando em hotéis e outros palcos, no circuito da música de cabo verde. 


Foi após ter estudado canto em Portugal, que conquistou o público em 2014 com o single “Rancá Djack”, uma versão em crioulo de “Hit the Road Jack”. O seu talento levou-a a colaborar com nomes de renome da música lusófona e a integrar regularmente a Cesária Évora Orchestra, projeto que perpetua o legado da “Diva dos Pés Descalços”.

 

Em 2015, lançou o seu álbum de estreia “Um Click”, produzido por Tito Paris, com temas originais que cruzam tradições cabo-verdianas com influências de soul. No mesmo ano, foi distinguida como Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Awards.


Atualmente, Jenifer apresenta um novo EP que em sua opinião é “tradimordeno”, composto por seis faixas inéditas em parceria com Hernany Almeida e Noel Almeida, que refletem a sua maturidade artística e a fusão entre a tradição e a modernidade musical. Com a sua voz suave e rouca, a artista continua a deslumbrar o seu publico e a afirmar-se como uma das grandes intérpretes da música cabo-verdiana contemporânea.

Lucibela


Lucibela é uma figura fundamental na atual cena da música cabo-verdiana, contribuindo para mantê-la viva globalmente e representando-a em concertos, festivais e outros palcos internacionais.

É reconhecida pelo seu poder vocal, singularidade e profundo respeito pela tradição.

"Moda Antiga," o seu terceiro álbum, é uma homenagem à riqueza da herança musical de Cabo Verde, resgatando os sons e estilos que definiram o passado musical da ilha.
O novo trabalho da artista aprofunda o seu compromisso com a autenticidade das raízes culturais cabo-verdianas, explorando e valorizando a essência da música tradicional.

O título "Moda Antiga" faz referência a essa ligação com as raízes culturais e dá continuidade ao caminho iniciado no seu álbum de estreia, Laço Umbilical.
MODA ANTIGA pretende chamar a atenção para a importância da preservação das tradições musicais, especialmente num cenário em que as tendências contemporâneas tendem a ditar outros rumos.

O tema "Lembra Tempo", escrito pela própria artista é um convite a essa conexão com o passado e uma celebração da pureza e verdade presentes nas músicas de outrora.

Manter viva a cultura cabo-verdiana e valorizar essa identidade musical, oferecendo uma expressão fiel da beleza e simplicidade da musical, oferecendo uma expressão fiel da beleza e simplicidade da música tradicional é o propósito de Moda Antiga.

Sónia Sousa

Sónia Sousa é uma cantora e compositora cabo-verdiana natural da Cidade da Praia. Começou a cantar ainda em jovem e destacou-se pela sua voz e estilo contemporâneo, que mistura pop, R&B e ritmos tradicionais de Cabo Verde.


Lançou o seu primeiro single, “Pa Bô”, em 2022, e em 2024 apresentou o seu EP de estreia, “SABI”, aclamado pela crítica. Vencedora do prémio Artista Revelação nos CVMA 2023, Sónia afirma-se como uma das vozes emergentes da nova geração da música cabo-verdiana.

Zulu

Zulu, nome artístico de Zuleica Barros, natural de Bofareira, ilha da Boa Vista, Cabo Verde. Cantora e compositora, Zulu constrói a sua identidade musical a partir de uma fusão entre os ritmos tradicionais cabo-verdianos, como a tabanca, funaná, coladeira e landu, e influências contemporâneas do jazz, blues e soul.


Começou a cantar e a tocar guitarra ainda adolescente, inspirada pela música das suas raízes e pelas vozes que ouvia na rádio e na igreja. Em 2025 lançou o seu primeiro single, “Cise é Testemunha”, uma homenagem a Cesária Évora e à força das mulheres cabo-verdianas. No mesmo ano apresentou o EP “Brisa” no Atlantic Music Expo e no Kriol Jazz Festival, conquistando público e crítica com a sua voz envolvente e originalidade.